A equipe do posto de Estratégia Saúde da Família (ESF) da Serra do Mato Grosso, no 3° distrito, realizou uma importante ação de conscientização com o tema Transtorno do Espectro Autista (TEA). A iniciativa, voltada à comunidade atendida na unidade de saúde, teve como objetivo ampliar o conhecimento da população sobre o autismo, promovendo informação de qualidade, o combate ao preconceito e a valorização da inclusão.

O evento foi realizado no dia 25/04 e foi marcado por muito aprendizado, diálogo e troca de saberes. A programação teve início com uma palestra ministrada pela equipe médica da ESF Mato Grosso, que abordou os principais sinais e sintomas do autismo, ressaltando a importância do diagnóstico precoce para o desenvolvimento e a qualidade de vida das pessoas com TEA.

Na sequência, profissionais da área da educação trouxeram reflexões valiosas sobre a inclusão escolar, destacando práticas pedagógicas inclusivas, estratégias de acolhimento e a construção de um ambiente educacional mais justo, empático e acessível a todos.

O encontro foi encerrado com uma fala da assistente social, que esclareceu os direitos das pessoas com autismo, abordando legislações vigentes, benefícios garantidos e o papel fundamental das políticas públicas na promoção da cidadania e dignidade.

A ação reafirma o compromisso da ESF Serra do Mato Grosso com a promoção da saúde, da informação e da inclusão social, valorizando cada cidadão e construindo uma sociedade mais consciente e acolhedora.

O que é TEA?

O Autismo (Transtorno do Espectro Autista – TEA) é um problema no desenvolvimento neurológico que prejudica a organização de pensamentos, sentimentos e emoções. Tem como características a dificuldade de comunicação por falta de domínio da linguagem e do uso da imaginação, a dificuldade de socialização e o comportamento limitado e repetitivo.

Os sinais de alerta surgem nos primeiros meses de vida, mas a confirmação do diagnóstico costuma ocorrer aos dois ou três anos de idade. Os sinais mais comuns do TEA são:

– Apresentar atraso anormal na fala;
– Não responder quando for chamado e demonstrar desinteresse com as pessoas e objetos ao redor;
– Ter dificuldades em participar de atividades e brincadeiras em grupo, preferindo sempre fazer tarefas sozinho;
– Não conseguir interpretar gestos e expressões faciais;
– Ter dificuldade para combinar palavras em frases ou repetir a mesma frase ou palavra com frequência;
– Apresentar falta de filtro social (sinceridade excessiva);
– Sentir incômodo diante de ambientes e situações sociais;
– Ter seletividade em relação a cheiro, sabor e textura de alimentos;
– Apresentar movimentos repetitivos e incomuns, como balançar o corpo para frente e para trás, bater as mãos, coçar algumas partes do corpo (como ouvidos, olhos e nariz), girar em torno de si, pular de forma repentina, reorganizar objetos em fileiras ou em cores;
– Mostrar interesse obsessivo por assuntos considerados incomuns ou excêntricos, como biologia, paleontologia, tecnologia, datas, números, entre outros;
– Ter problemas gastrointestinais ocasionados por quadros de ansiedade.

Além disso, alguns autistas podem manifestar acessos de raiva, hiperatividade, passividade, déficit de atenção, dificuldades para lidar com ruídos, falta de empatia diante determinadas situações e aumento ou redução na resposta à dor e a temperaturas.

De acordo com a forma como aparece, o TEA pode ser classificado em três tipos: Clássico; de Alto Desempenho (também chamado de Síndrome de Asperger); e Distúrbio Global do Desenvolvimento Sem Outra Especificação (DGD-SOE).

Atualmente pensa-se que há múltiplas causas para o autismo, entre elas, fatores genéticos, biológicos e ambientais. No entanto, saber o que ocorre com o cérebro dessas pessoas ainda é um mistério para a ciência. O TEA ainda não tem cura e cada paciente exige um tipo de acompanhamento específico e individualizado que exige a participação dos pais, dos familiares e de uma equipe de diferentes profissionais, como médicos, fonoaudiólogos, fisioterapeutas, psicólogos e pedagogos, de forma a incentivar o indivíduo a realizar sozinho tarefas cotidianas, desenvolver formas de se comunicar socialmente e de ter maior estabilidade emocional.

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